sábado, 23 de outubro de 2010

E é assim...

Passamos boa parte do tempo nos questionando sobre o que e como devemos fazer as coisas. Exercitamos nossa paciência, nosso controle e descontrole emocional para tentar compreender o que o outro quer. Mas, é bem verdade, que muitas das vezes, nem nós sabemos o que realmente queremos, mas fazemos assim mesmo, nem que seja pela diversão da coisa.

Em nossos desencontros da vida, esbarramos em muita gente legal, interessante, bem sucedida, bem resolvida, mas também conhecemos gente chata, irritante, arrogante, mal comida e por aí vai a lista. Normalmente, acabamos buscando pessoas que se pareçam conosco. Por vezes, achamos alguém tão parecido, mas tão parecido, que os defeitos (muito provavelmente aqueles que são comuns a ambos) irritam absurdamente mais que um defeito diferente, que fosse exclusividade da contraparte.

A nossa indefinição sobre o que queremos, o que nos interessa, o que gostamos (sim, nós mudamos gostos durante a vida. Pode até não ser radicalmente, mas mudamos). Enfim, essa mutabilidade que nunca permite que sejamos claramente definidos, precisa servir de guia para certas coisas na vida.

Se tudo for fácil, muito provavelmente não daremos valor. Se for difícil, aí sim temos um desafio, mas o outro lado pode achar fácil e você é que fica desvalorizado. O que é pra ser iniciado aqui é só um amadurecimento da idéia de que não importa o quão bom você parece estar sendo em algo que faz. Em qualquer relação, seja ela afetiva ou profissional, o outro lado tem tanta força nos votos quanto você. Muitas vezes, quando fazemos tudo por alguém, deixamos de fazer muitas coisas por nós mesmos.

Gramophone: Maroon 5 - Give A Little More

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O assustador primeiro post

Antes me dedicava aos antigos cadernos, as folhas pautadas, um pequeno trecho de uma melodia e caneta. Esses eram meus companheiros. Enquanto eu não conseguisse terminar uma "música", não largava nenhum deles. Depois o tempo passou, aprendi a tocar violão, veio o bloco de notas e a lista de companheiros para terminar algo do gênero, ganhou novos personagens.

Com eles, vieram também as noites em claro. Elas eram em boa parte as maiores culpadas por me manter preso ao dever de terminar aquela frase ou descobrir qual era o melhor acorde pra finalizar a melodia. Acho que a palavra "implacável" seria a melhor para justificar essa constante inquietação, que me ocorria enquanto não finalizava um assunto, texto ou letra para poder iniciar outro.

Escrever sempre foi um prazer, uma válvula de escape, uma terapia. Diria mais, sempre foi minha companheira e amante mais fiel. Desenvolver em um pedaço de papel algo que me fizesse parar de sufocar com o que eu quisesse dizer e muitas vezes apenas deixar nas entrelinhas o que eu realmente queria dizer era um exercício voraz, mas muito recompensador.

A constante falta de sono e o descaso com o descanso do corpo me preocupam bastante. Mas, dizem por aí, que os compositores, poetas, escritores e (de uns tempos pra cá) os escritores modernos, leia-se blogueiros, são aquelas pessoas que sofrem com a alma todas as dores do coração. Então, que seja. Papel e caneta na mão, ou teclado e violão, lá vamos nós, começar tudo de novo.